... da totalidade das coisas e dos seres, do total das coisas e dos seres, do que é objeto de todo o discurso, da totalidade das coisas concretas ou abstratas, sem faltar nenhuma, de todos os atributos e qualidades, de todas as pessoas, de todo mundo, do que é importante, do que é essencial, do que realmente conta...
Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano IV Número 57 - Setembro 2013

Editorial

 مرتضى كاتوزيانآ ~ ژیر خطر. (1359)رنگ و روغن روی بوم 60×80 سانتی متر .
Morteza Katouzian
~
The Red Alert. (1980) Oil on canvas, 60×45cm.
“Sigo, seco e só, atravessando
a floresta de velhos.”

~ Carlos Drummond de Andrade, in 'Boitempo'
TUDA Outubro ~ Outubro TUDA!

Tarde... muito tarde... mas ainda infalível!

Tão tarde que quase perde a oportunidade de divulgar o lançamento do livro do Cesar Cruz, figurinha carimbada aqui em TUDA! Vai lá, vai?

Hoje em dia, mais do que nunca e cada vez mais, somos assombrados pela fobia da falta de tempo! E a lógica diz que, quando algo é escasso, sábio é, além de usar com critério, também economizar! Isso pode até fazer (um pouco de) sentido se essas economias do futuro supostamente tranquilo forem apenas o tal do vil metal, mas se falarmos de Tempo... Economizaríamos Tempo - aquele não gasto, claro - para consumir mais tarde, talvez com mais sabedoria? Deixaríamos coisas para serem feitas no futuro?

Sem o Tempo do Presente, o Tempo do Passado ou o Tempo do Futuro. Apenas o Tempo Gasto e o Tempo Guardado. Você teria que escolher entre sentar e ler a TUDA, ou guardar este tempo para depois, e simplesmente fazer outra coisa... aquele telefonema para um amigo que há muito não conversa, o bate-papo sem importância com o vizinho, uma visita aos avós...

E os donos do Capital do Tempo diriam, "Guardem, guardem seu precioso Tempo em nosso Banco do Tempo Infinito! E lhe prometemos que um dia você saca ele todinho, de uma só vez... (e leva consigo, em seu túmulo de ouro).

Vem que vem, despudorada e gastona, esbanjadora do tempo lheio & alheio - embora sem o mínimo gerenciamento! - mais para cigarra do que para formiga, no balanço entre guardar para usufruir no futuro ou gastar tudo agora, trocar o presente certo pelo futuro incerto, vem qur vem, com os já conhecidos pyndahýbicos, gastões ou mãos-de-vaca, destemundo & d'outraléns, lutando para continuar neste, sempre, vem TUDA, gastônica, navegosa, internética, despudorenta, despretensiosa, desatada de compromissos financeiros, que este dia nunca vai chegar, de uma TUDA dependedora do metal vil que tanto desprega! E vem que vem, lembrando o nascimento de John Lennon, Cartola, Vinicius de Moraes, Rimbaud e Nelson Cavaquinho, e a morte de Janis Joplin, Steve Jobs, Che Guevara e Renato Russo.

É isso aí companheiros, na velha e suja LabUTA do dia a dia, fortefirme na batalha da vida, vivida e por viver, que ambas são importantes na noção terrena de passado-futuro, mas nem tanto na noção de tempo-espaço, que se nem Einstein se fez entender para o público leigo o que este sistema de coordenadas da relatividade especial e da relatividade geral realmente significa, quem seria TUDA para ousar tal façanha!

QG de TUDA, Outubro 2013
Asyno Eduardo Miranda
o (auto-proclamado) editor
deste porto semisseguro da jlha do Eire
oje, dezº qvjmº dia do dezº mez
d este Anno Domini de MMXIII